domingo, 21 de julho de 2013

New York.



Este Blog foi feito em antecipação a uma visita programada para a cidade de Nova York, prevista para o início de setembro de 2013.

O fiz na concepção pessoal, de que viagens são para serem usufruídas antes, durante e depois. 

Assim as viagens, que são sem dúvida ocasiões prazerosas de lazer e divertimento, terminam alongadas na sua duração, e não raro, permanecem por muito tempo na lembrança.

Concentrei-me na parte do passeio em que estarei junto a companheiros na sua maioria portugueses adeptos da fotografia, através da iniciativa dos fotógrafos Vitor Costa (Fotoadrenalina) e Manuela Matos, com os quais já estive anteriormente, em um maravilhoso passeio fotográfico em Istambul.



Este Blog consiste de 25 postagens, uma para cada "spot fotográfico" que iremos visitar.

Eles trazem descrições simplificadas de cada um desses lugares, incluindo porém alguns links onde é possível encontrar informações com maior grau de detalhamento. 

Eles são, na ordem cronológica de visitação:


























Quem sabe, no pós viagem, esse espaço virtual possa de alguma forma vir a ser enriquecido, com a substituição ou postagem em acréscimo, de algumas das fotos tiradas durante o passeio!

 Bom proveito a todos que se interessarem por essas informações.


Dakota Building.


O Dakota Building é considerado uma das mais exclusivas moradias de Nova Iorque.

Estilo arquitetônico: Renascença, Inglês Vitoriano (estilo comum na renascença, principalmente no norte da Alemanha).

Arquiteto: Henry J. Hardenbergh.

Tornou-se uma das atrações turísticas da cidade, depois que em 8 de dezembro de 1980, um dos seus mais famosos moradores, o Beatle John Lennon, foi assassinado ao voltar para casa, depois de uma gravação.

Na foto o portão sul de entrada do prédio, onde o crime aconteceu.


John Lennon morou no Dakota durante sete anos, de 1972 a 1980.

A sua viúva Yoko Ono continua  morando lá, onde John Lennon tinha cinco apartamentos.

O prédio está localizado a noroeste do Central Park, esquina com a rua 72, a cem metros de um dos portões do Central Park.

Ele foi projetado e construído por ordem de Edward Clark,  presidente da Singer.

A construção foi iniciada em 1880 e concluída em 1884.

Apesar da imensa lista de pretendentes por ocasião da sua inauguração, os seus 65 apartamentos já estavam todos ocupados.

Os proprietários originais reformaram ao seu modo os seus apartamentos, que hoje tem diferentes estilos de decoração em contraste com o que poderia se esperar da aparência externa do prédio.



No Dakota moraram (e alguns ainda moram) dezenas de personalidades célebres sobretudo do mundo das artes.

Entre eles:
Lauren Bacal, Leonard Berenstein, Judy Garland, Boris Karloff, John Lennon, Sean Lennon, Rudolf Nureyev, Yoko Ono, Jack Palance, Jerry Seinfeld.

O preço atual de apartamentos no Dakota Building, variam entre 3 e 30 milhões de dólares.

Consta que a venda mais cara, foi até agora, a de um apartamento no segundo  andar adquirido por Leonard Berenstein. Embora o preço pelo qual foi oferecido tenha sido de 25 milhões de dólares, a compra teria sido efetuada por apenas US$ 21 milhões.

Há apartamentos de um, dois, três e até quatro quartos, como o de Berenstein.

Alardeiam-se vantagens na hora da venda, quando como no de Berenstein, existe cozinha com janela, biblioteca, grande sala com lareira e janela para o Central Parque.

Entretanto não basta ter dinheiro para conseguir comprar um apartamento eventualmente à venda.

Melanie Griffin, Antônio Bandeira e Madona, são alguns dos que tiveram os seus nomes recusados pela direção do condomínio, quando pretenderam fazê-lo. O apartamento que desejavam teria sido oferecido por US$ 5,65 milhões.

Aos interessados previno que a documentação solicitada para um candidato a compra de um apartamento no Dakota Building, abrange uma extensa lista, que passa por Declarações de Imposto de Renda de vários anos, Declarações de Rendimentos, e tantos outros atestados mais, que a foto ilustra muito bem. Um grande montante de papéis termina acumulado e precisando ser levado em um carrinho para apreciação.



Uma taxa de alguns milhares de dólares também é cobrada ao interessado(a), para custear as investigações, sem compromisso de devolução em caso de não aprovação.

Fico a pensar se não há certo desleixo no meu condomínio, quando me deparo com um novo proprietário, sem que eu tenha sido consultado! 

Voltando porém ao Dakota, diz-se que hoje o edifício tende a perder a característica que teve durante sua longa história, de ser habitado por pessoas imaginativas e criativas, para darem lugar àquelas que apenas tem dinheiro.

Claro que as que "apenas têm dinheiro" são também imaginativas ao seu próprio modo!

É possível entrar no prédio para visitá-lo. 

Naturalmente a forma de visitá-lo é a mesma de qualquer prédio residencial: ser convidado por um dos moradores! Assim, que eu saiba já estiveram no interior do Dakota, visitantes tais como Tchaikovsky e o escritor Stephen Crane.

As duas fotos a seguir são do Dakota Building na década de 1880:



O por que de chamar-se Dakota? 

Diz-se que à época da construção do prédio, essa região de Manhattan era tão esparsamente habitada, como é possível observar nestas fotos, que o nome lhe foi dado em referência a isso, pois assim também o era o território de Dakota.

Quase 130 anos depois, Manhattan tem um milhão e seiscentos mil habitantes, e toda  região arredor do Central Park tornou-se extremamente valorizada, e em especial a região onde situa-se o Dakota, a qual é extremamente prestigiosa.

O Dakota desde 1969 tornou-se patrimônio histórico da cidade de Nova Iorque, e a partir de 1976, patrimônio histórico nacional.

Video: A Vida Secreta dos Super Ricos: Mega Home. 

Strawberry Fields.


Strawberry Fields é a área do Central Park próxima ao Dakota Building, onde morou e foi assassinado John Lennon, e onde continua a morar a sua viúva Yoko Ono.

Era o lugar favorito deles no Central Park, e em tributo a John Lennon, o Conselho da cidade designou-a Strawberry Fields, em 26 de março de 1981, em alusão à sua música "Strawberry Fields Forever".

No centro desta área de 2,5 acres do Central Park, artistas italianos de Nápoles criaram um significativo mosaico branco e preto, através do qual o homenageiam. 


Assim ele está ali relembrado pelo nome do seu famoso álbum Strawberry Fields, e também pela sua genial "Imagine".

A intenção é que se tornasse um lugar em que se celebrasse a paz, em memória das idéias e do tipo de ativismo de John Lennon.

Muitos países "plantaram rosas e contribuem com dinheiro" para a manutenção de Strawberry Fields,  na intenção de que tenha o significado de um jardim da paz.

Há no local uma placa de bronze com o nome de todos os 120 países. 

Brasil e Portugal estão sim nessa lista.

Yoko Ono contribuiu para a reambientação do lugar, com a generosa quantia de US$ 1 milhão de dólares.

Mais algumas fotos de Strawberry Fields obtidas da internet:







Guggenheim Museum.

Vídeo do You Tube mostrando o 
interior do Guggenheim Museum.

Solomon Robert Guggenheim foi um magnata da mineração. Apaixonado pelas artes, iniciou a partir de 1930 a colecionar arte moderna e exibi-la a partir de 1939. Digamos que o fazia não adequadamente, pela dificuldade cada vez maior a medida que o seu acervo aumentava.

Em 1943, ele contactou o arquiteto americano Frank Lloyd Wright para que ele projetasse, de acordo com as suas especificações, um museu de arquitetura moderna que fosse de fato incomparável, e que levasse  em consideração as transformações pelas quais passou a arte ao longo dos dois últimos séculos.

Frank Lloyd Wright trabalhou durante 16 anos nesse projeto, até a sua morte 6 meses antes que o prédio fosse finalmente inaugurado, em 1959.

A obra exibe formas geométricas tais como polígonos de três lados, troncos de cone e de prisma, e cilindros, tendo uma aparência que se pode dizer bizarra,  tendo sem dúvida alcançado o objetivo de ser incomparável a qualquer outro museu.

É hoje o lar permanente de obras valiosíssimas de Van Gogh, Picasso, Matisse, Kandinsky ...

O museu recebe a cada ano aproximadamente 900 000 visitantes.

Está situado em Manhattan, de frente ao lago Jaqueline Kennedy Onassis no Central Park, na Quinta Avenida, entre as ruas 88 e 89.

A opinião da maioria das pessoas que o visitaram recentemente, é que do ponto de vista arquitetônico trata-se de uma obra realmente apreciável, uma obra prima da arquitetura moderna. Contudo há críticas com relação ao seu funcionamento como museu.


Quem consultar na internet a opinião de visitantes, verá que há quem admita tratar-se mais de uma galeria que de um museu, havendo queixas quanto a falta de sinalização em seu interior, ao aglomerado de pessoas, ao barulho e a assistência descortês dos seus funcionários. 


Por esses motivos a maioria considera que não vale o peço pago pelo ingresso,  U$ 22.00, considerando que perto dali está o Metropolitan Museum, cuja visita é mais apreciável e prazerosa.

Coney Island.


Coney Island fica aproximadamente a uma hora do centro de Manhattan. Localiza-se ao sul do Brooklyn.

Coney Island é sinônimo de parques de diversões, praia, local do melhor sandwich (hot dog) de Nova Iorque, muita gente de várias nacionalidades nas ruas (até americanos), mas também já serviu de fonte de inspiração para escritores e cineastas famosos.

Woody Allen usou o lugar no seu filme "Noivo neurótico, noiva nervosa".

Coney Island tem muitas histórias. Tem ares "vintage" (de época) e para ser visitado recomenda-se fazer "sem medo do brega".







Explico: Ele concorreu para ver quem comia mais cachorros quentes.
Ganhou comendo ao todo 68!

Em Coney Island há um parque de diversões Luna Park, que funcionou originalmente de 1906 a 1944, quando um incêndio o destruiu. Ficou sem funcionar durante todo ano de 1945 e em 1946 finalmente um outro incêndio inviabilizou o seu restabelecimento.

No local foram então construídos prédios comerciais.

O Luna Park hoje lá existente foi  inaugurado onde antes também funcionara um outro antigo parque, e a sua entrada guarda semelhança com a do Luna park original.

A propósito, uma roda gigante de 1920 é um ícone de Coney Island.


Na área alimentícia, há uma grande atração.

Em 1916, um polonês chamado Nathan Handwerker, criou a lanchonete Nathan`s, por onde passaram o mafioso Al Capone, o ator Cary Grant, o presidente Franklyn Delano Roosevelt, entre outros.

O reconhecimento da qualidade dos seus sandwiches veio, quando em 1939, o presidente Roosevelt levou de lá um sandwich para presentear o Rei e a Rainha da Inglaterra, que na ocasião visitavam os Estados Unidos.

Também Nelson Rockfeller dizia que político nenhum seria eleito se não fosse fotografado comendo um sandwich da Nathan`s.

Há contudo, geralmente, que se enfrentar filas:



Mas com um pouco de sorte é possível esperar menos:



Algumas fotos adicionais de Coney Island:








Union Square Park.

Video do You Tube mostrando o Union Square Park.

O Union Square Park é o ponto de cruzamento das duas então mais importantes vias de Manhattan. A Broadway com a antiga Bowery Road, agora a Quarta avenida.

É também um local de grande importância histórica. Foi na Union Square Park que aconteceu a passeata do primeiro dia do trabalho em 1882. É até hoje um espaço para ativistas políticos.




Desculpem! 
Essa foto não foi na Union Square Park,
mas não resisti de incluí-la.


Nas vizinhanças da praça fica o distrito Flatiron, situado ao norte, e Greenvillage ao sul.

Há nesta praça em destaque uma estátua equestre do Presidente George Washington, inaugurada em 1856. No canto sudoeste do parque, inaugurada em 1986, está uma estátua do Mahatma Ghandi.



Há sempre algo acontecendo na Union Square Park! É o que comentam os seus frequentadores, habituados inclusive aos protestos de toda natureza que costumam acontecer por lá.

O local está sempre repleto de frequentadores distribuídos em uma diversidade de atividades e interesses, que vão de simplesmente sentar e aproveitar da atmosfera do lugar, até durante o verão, demonstrações de música e dança.















E para concluir seguem mais fotos, iniciando por algumas antigas:

Local de recrutamento da marinha americana para a I guerra mundial entre 1917 e 1920:


A seguir, Emma Goldman e manifestantes em Union Square Park, em 1916.

Emma Goldman foi uma ativista lituana nascida em 1869, autora de muitos escritos políticos, e cujas conferências despertavam grande interesse em multidões nos Estados Unidos. Ela emigrou para os EUA aos 16 anos e morreu em Toronto aos 71 anos, em 1940.



Nestas fotos consta que Emma Goldman defendia o controle da natalidade.
Entretanto ela também posicionou-se contra a intenção de privatização
do espaço público aberto às manifestações populares que era a Union Square 
Park (e continuou sendo).

Dizia ela: "Amanhã vocês chegarão aqui e encontrarão um belo de um restaurante".

(Ela foi "uma danada"! Não?)

Outras fotos:



Esta é uma foto do Instagram.

E concluindo, uma pintura de Albertis Del Orient Browere de 1885, retratando uma imagem da Union Square Park em 1828:


Eis algumas indicações de endereços onde encontrar informações adicionais sobre Union Square Park:

Há uma grande variedade de fotos aqui


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